segunda-feira, 4 de agosto de 2025

Brasil atinge menor desemprego em 13 anos com força dos pequenos negócios

Tânia Rêgo/Agência Brasil

O Brasil alcançou o menor índice de desemprego em mais de uma década. A taxa de desocupação registrada no segundo trimestre de 2025 foi de 5,8%, conforme os dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (PNAD) Contínua, divulgados pelo IBGE nesta quinta-feira (31). O percentual representa uma queda de 1,2 ponto percentual em relação ao trimestre anterior e de 1,1 ponto na comparação com o mesmo período de 2024.

Além do número historicamente baixo, o país atingiu 62,4% de participação da população na força de trabalho, o maior patamar desde o início da série histórica. Já o total de trabalhadores com carteira assinada no setor privado ultrapassou 39 milhões de pessoas.

Pequenas empresas são maioria nas admissões

As micro e pequenas empresas vêm protagonizando a geração de emprego formal no país. Segundo o Sebrae, com base em dados do Caged, os pequenos negócios responderam por mais de 635,7 mil admissões com carteira assinada de janeiro a junho deste ano — o equivalente a mais de 60% do total de contratações formais em 2025.

O setor, que já representa 26,5% do Produto Interno Bruto (PIB) brasileiro, demonstra sua importância estratégica na promoção de renda e no fortalecimento das cadeias produtivas regionais.

Informalidade em queda e mais renda

A informalidade, apesar de ainda elevada, recuou no segundo trimestre, chegando a 37,8% da população ocupada — o equivalente a 38,7 milhões de pessoas. O índice é inferior ao registrado no trimestre anterior (38%) e ao do mesmo período em 2024 (38,7%).

A redução está associada, entre outros fatores, ao dinamismo no registro de novas empresas. No primeiro semestre de 2025, 2,6 milhões de CNPJs foram abertos, conforme levantamento do Sebrae a partir de dados da Receita Federal.

O rendimento médio mensal habitual também cresceu: atingiu R$ 3.477, com alta de 1,1% frente ao primeiro trimestre e de 3,3% na comparação anual. A massa de rendimento real habitual — soma de todos os rendimentos do trabalho — somou R$ 351,2 bilhões, aumento de 2,9% no período.

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Com informações da ASN Nacional