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Marcelo Camargo/Agência Brasil |
A Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) anunciou que a bandeira tarifária para o mês de julho de 2025 continuará sendo a vermelha patamar 1, a mesma aplicada em junho. Isso significa que as contas de energia elétrica terão um acréscimo de R$ 4,46 a cada 100 quilowatts-hora (kWh) consumidos.
O principal motivo, segundo a Aneel, é a persistência de chuvas abaixo da média em diversas regiões do país, o que reduz a capacidade de geração pelas usinas hidrelétricas, principais fontes de energia do Brasil.
“Esse quadro tende a elevar os custos de geração de energia, devido à necessidade de acionamento de fontes mais onerosas para geração, como as usinas termelétricas”, informou a agência reguladora, por meio de nota oficial.
Como funcionam as bandeiras tarifárias
Criado em 2015, o sistema de bandeiras tarifárias busca refletir os custos variáveis de produção de energia no Sistema Interligado Nacional (SIN). As bandeiras funcionam da seguinte maneira:
- Verde: sem acréscimo na tarifa;
- Amarela: acréscimo moderado por 100 kWh consumidos;
- Vermelha patamar 1: acréscimo de R$ 4,46 por 100 kWh;
- Vermelha patamar 2: acréscimo mais elevado (não vigente no momento).
A escolha da bandeira vigente considera fatores como o nível dos reservatórios das hidrelétricas, o custo de acionamento de outras fontes e o volume de chuvas.
Consumo consciente
A Aneel aproveitou o anúncio para reforçar a importância do uso responsável da energia elétrica, especialmente em momentos de maior custo de geração. Segundo o órgão, economizar energia ajuda não só a reduzir os gastos do consumidor, mas também contribui para a preservação dos recursos naturais e para a sustentabilidade do setor elétrico.
A manutenção da bandeira vermelha patamar 1 acende um alerta para o sistema energético nacional, que segue pressionado pela escassez hídrica. Especialistas alertam que, sem uma recuperação significativa dos níveis de chuva, o uso de termelétricas continuará sendo necessário, elevando os custos de produção e afetando diretamente o consumidor.
Em paralelo, medidas individuais de economia e programas de eficiência energética ganham ainda mais importância, diante da necessidade de equilíbrio entre demanda e capacidade de geração.
Com informções da Agência Brasil