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Taxa de desemprego no Brasil atinge o menor índice desde 2014

Dados do IBGE revelam sazonalidade e impactos no mercado de trabalho no primeiro trimestre de 2024

Portal Click83
Por: Portal Click83 Fonte: Com informações da Agência Brasil
30/04/2024 às 17h56
Taxa de desemprego no Brasil atinge o menor índice desde 2014
- Foto: Wilson Dias/Arquivo/Agência Brasil

A taxa de desocupação no Brasil alcançou 7,9% no primeiro trimestre de 2024, representando o menor índice para o período desde 2014, quando atingiu 7,2%. Os dados foram divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) nesta terça-feira (30), no Rio de Janeiro, como parte da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad). Entretanto, em comparação com o último trimestre de 2023, houve um aumento de 0,5 ponto percentual (7,4%).

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Segundo o IBGE, o país registrou 8,6 milhões de pessoas desocupadas no primeiro trimestre, representando um acréscimo de 6,7% em relação ao final do ano passado. No entanto, em comparação com o mesmo período de 2023, houve uma redução de 8,6% nesse contingente. O instituto classifica como desocupadas as pessoas que estão procurando trabalho.

O número de ocupados no primeiro trimestre de 2024 foi de 100,2 milhões de pessoas, refletindo uma queda de 0,8% em relação ao último trimestre de 2023. Porém, em comparação com os três primeiros meses de 2023, houve um acréscimo de 2,4 milhões (+2,4%) no contingente de ocupados.

A sazonalidade é um fator relevante nas variações do mercado de trabalho, como observa a coordenadora da pesquisa, Adriana Beringuy. Ela ressalta que o primeiro trimestre é caracterizado por perdas na ocupação, principalmente devido à dispensa de trabalhadores temporários, incluindo os do setor público, como os ligados à educação. No entanto, Beringuy destaca que essa sazonalidade não anula a tendência de redução da taxa de desocupação observada nos últimos dois anos.

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Apesar da redução na ocupação, não houve mudanças significativas no nível de emprego com carteira assinada, que se manteve em cerca de 38 milhões de pessoas. A pesquisadora detalha que a maior parte das pessoas que ficaram desocupadas foi de trabalhadores informais, com mais de 500 mil indivíduos. A taxa de informalidade nos primeiros três meses de 2024 ficou em 38,9% da população ocupada, contra 39,1% no trimestre anterior.

Quanto aos rendimentos, o IBGE registrou um aumento médio do salário do trabalhador, alcançando R$ 3.123 no primeiro trimestre de 2024, representando uma alta de 1,5% em relação ao trimestre anterior e de 4% em comparação com o mesmo período do ano passado. No entanto, a massa de rendimentos, embora tenha atingido um recorde na série histórica iniciada em 2012, apresentou estabilidade em relação ao trimestre final de 2023, o que indica um possível efeito de compensação entre o crescimento do rendimento e a queda no contingente de ocupados.

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