O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo 15 (IPCA-15) apresentou uma desaceleração neste mês de março, registrando um índice de 0,36%. Embora cinco dos nove grupos de produtos e serviços pesquisados tenham apresentado alta, o índice demonstrou uma desaceleração de 0,42 pontos percentuais em comparação com fevereiro, quando registrou uma alta de 0,78%. Em março do ano anterior, o IPCA-15 foi de 0,69%.
De acordo com dados divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) nesta terça-feira (26/3), o grupo de alimentação registrou uma alta de 0,91%, com destaque para a subida de 1,04% nos preços dos alimentos no domicílio. Itens como cebola, ovo de galinha, frutas e leite longa vida apresentaram aumento significativo, enquanto produtos como batata inglesa, cenoura e óleo de soja registraram queda de preço.
Em relação aos transportes, houve uma aceleração de 0,43%, com as passagens aéreas apresentando uma queda de 9,08% em março. Por outro lado, a gasolina teve um aumento de 2,39%, contribuindo positivamente para o índice. O grupo de habitação registrou alta de 0,19%, enquanto saúde e cuidados pessoais apresentaram uma alta de 0,61%.
Durante uma reunião no início do mês, o presidente da República, Luiz Inácio da Silva, juntamente com os ministros Carlos Fávaro (Agricultura, Pecuária e Abastecimento) e Paulo Teixeira (Desenvolvimento Agrário e Agricultura Familiar), além do presidente da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), Edegar Pretto, discutiram as questões relacionadas ao preço dos alimentos. Foi avaliado que a queda de preços deverá ocorrer entre o final de março e o início de abril, com uma tendência de baixa de preço com o avanço da colheita da safra.
O IPCA-15 é calculado com base nos preços coletados no período de 16 de fevereiro a 14 de março de 2024, comparados com aqueles vigentes de 16 de janeiro a 15 de fevereiro de 2024. O indicador abrange as regiões metropolitanas do Rio de Janeiro, Porto Alegre, Belo Horizonte, Recife, São Paulo, Belém, Fortaleza, Salvador, Curitiba, Brasília e do município de Goiânia, e refere-se às famílias com rendimento de 1 a 40 salários mínimos.